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quarta-feira, 19 de maio de 2021

A CIDADE DE JOÃO CÂMARA REVISITADA – Berilo de Castro

 



A exemplo do que escrevi sobre São José de Mipibu (20/08/14), sou chamado pela minha memória episódica para revisitar a cidade de João Câmara/RN.

Município que presta uma justa, merecida e honrosa homenagem ao nome do seu maior e mais admirado habitante: João Severiano Câmara (Taipu, 8 de março de 1895 – Natal, 12 de dezembro de 1948)- João Câmara; agropecuarista, comerciante, industrial e político; tendo sido o seu primeiro prefeito; deputado estadual e senador da República pelo estado do Rio Grande do Norte.

Na época, início de  1953, a cidade era conhecida como Baixa Verde, denominação essa devida à sua localização: região de baixo relevo e solo arenoso, coberta por uma gramínea sempre verde, mesmo nas épocas de secas mais intensas; que foi oficializada  pelo seu fundador, o engenheiro Antônio Proença (História do município de João Câmara-RN, Antônio Gomes, em  Foco, junho de 2012), de onde guardo com muito carinho e saudades momentos inesquecíveis da minha infância e adolescência.

O nome Baixa Verde foi  mudado para João Câmara em 19 de novembro de 1953, Lei estadual de número 899.

O município está situado  na região do Mato Grande, a 75 quilômetros de Natal, com uma população aproximada de 35 mil habitantes.

Visitava Baixa Verde em duas etapas da minha vida: a primeira na fase ainda de criança, em incursões no período de férias escolares, quando meu pai escolhia a casa da sua irmã, minha tia Anália de Castro, casada com Francisco Cândido Barbosa, agropecuarista, muito conhecido e admirado pelo povo da região; da união nasceram sete filhos, três  homens e quatro mulheres, que de forma exemplar e cuidadosa souberam educar e formar  brilhantemente.

A casa era grande, muito bem situada, próxima à  Igreja e à feira central que  se instalava nos finais de semana, com bastante movimentação comercial entre os habitantes da região. A ampla área não construída da residência abrigava alguns pequenos açudes, que em certa época do ano recebiam  na superfície de suas águas uma vegetação rala, uma espécie de um lodo, tomando toda a sua extensão.

Presenciei muitas vezes meu pai tomando banho e nadando alegremente sobre aquele bonito e estranho tapete verde.

Percebia também que Francisco Cândido Barbosa exercia um certo poder político na cidade, muito embora nunca tenha ocupado nenhum cargo. Era frequente a presença de grande número de pessoas, que iam procurá-lo em busca de auxílios e eram, com certeza, atendidos. Representava, com orgulho para a cidade, um homem de bem e um bem-sucedido  agropecuarista, com ênfase no  plantio de algodão de fibra longa (o ouro branco da época), agave ( sisal) e na  criação de gado.

Esse período era  sempre um momento muito especial, proveitoso e feliz para a toda família, um gesto maior de aproximação e união fraterna.

Anos depois da morte de Francisco Cândido, um filho seu de igual, Francisco Cândido Barbosa Filho (Chico Barbosa), que permanecera morando na cidade, se candidatara a prefeito da cidade, tendo como adversário o conhecido Chico da Bomba. Campanha acirrada nas ruas, muito trabalho, muito empenho da família e muito dinheiro envolvido. Finalmente apurados os votos, vitória de Chico da Bomba. Decepção total e desconforto maior para quem jamais imaginaria perder a campanha, valendo-se do rico e histórico legado deixado pela família na região. Promessa feita: jamais voltaria a pôr seus pés na cidade; promessa cumprida: faleceu sem voltar ao berço dos Barbosa, amargurado e decepcionado.

Em uma segunda etapa, volto a Baixa Verde, na condição de adolescente, jogando futebol. Convidado pela figura admirada e maior do futebol da cidade, Anacleto, e os amigos Benfica (Dodoca, Maurício) e Antônio Câmara(Toinho Câmara), para compor o bom time do Boca Júnior  (imbatível) na região.

As apresentações da forte equipe aconteciam sempre aos domingos; lotava o campo e enchia a cidade de alegria, numa festa da mais alta empolgação. Nomino alguns astros da equipe: Raimundinho, Tareco, Manoel Carlos (cabelo bem lambido de brilhantina Glostora, jamais assanhado), impecável nos passes longos; Dodoca, Maurício e outros que me fogem à  memória. Um grande time. Depois do jogo, sempre com vitória, éramos agraciados e recepcionados com bela noitada no clube da cidade, onde reinávamos até altas horas (não faltavam rainhas).

Que  beleza! Que saudade! Éramos felizes e sabíamos,  sim! Viva Baixa Verde! Saudades!!!

Berilo de Castro – Médico e escritor

FONTE – PONTO DE VISTA

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